Confesso que desde há muito não aprecio a época. A obrigatoriedade ainda mais acentuada que o verbo “comprar” assume durante o mês de Dezembro irrita-me. Este ano, no entanto, chegarei de longe. Não acredito em Deus mas levo uma imensa vontade de casa, de família e de ouvir falar português. Assumidamente sem dinheiro para presentes – uma que outra graça, pelo prazer de levar algo de um país diferente – sinto-me também liberta da parte feia da questão. Posso estar aqui tranquila, dedicar-me ao costume e fazer de conta que o mundo lá fora, por enquanto, não existe. Aproveito para perseguir macacos às seis da manhã, para nadar no rio quando há tempo e para ver o céu nocturno a que ainda não me habituei.
Daqui até casa demorarei mais de vinte e quatro horas. Uma boa parte delas serão passadas no aeroporto de São Paulo, esperando. Uma senhora seca. Por uma boa causa. :)

4 comentários:
Tenha uma boa viagem de volta, e os desejos que o tempo em solo Luso lhe seja suficiente para "matar saudades".
ET GO HOME!!!
Agora que vais estar uns dias sem as tuas amazing, deixo-te as palavras do meu amigo JLP. Descobri que ele tem myspace e, aí, links para os seus muitos blogs. Diz o senhor:
"Passei a manhã de hoje a ser fotografado num cemitério por uma fotógrafa americana, que tinha encontrado na Feira do Livro de Brooklyn e que, apesar de termos tentado combinar algo na altura, não conseguimos chegar a fazer uma sessão de fotos. Aconteceu hoje. É uma new yorker típica. Cada vez que passávamos por um cão a dormir, ficava muito preocupada e dizia muito séria que estava morto. Por várias vezes, vi-a a cheirar flores de plástico, pensando serem verdadeiras. Gringos serão sempre gringos."
Lembrei-me logo de ti.
Com todo o respeito pela tuas room mates :-)
É já amanhã que inicias a longa viagem?!
Besitos,
Inês
obrigada, ahí voy!
Inês,
"gringos serão sempre gringos", também me parece. Com todo o respeito por eventuais room mates. Gostei. :)
E sim, amanhã!
bjs
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